O Outubro Rosa é uma campanha mundial
realizada anualmente no mês de outubro, que busca a conscientização das
mulheres a respeito da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama,
aumentando as chances de cura e reduzindo a mortalidade. A campanha é
simbolizada pelo laço cor-de-rosa.
Durante o mês de outubro,
diversas instituições — tanto públicas quanto privadas — disponibilizam exames
gratuitos ou com preço reduzido, a fim de encorajar as mulheres a realizar
esses exames e tratar qualquer problema encontrado precocemente, visto que, nos
estágios iniciais, o câncer de mama é assintomático e responde muito melhor aos
tratamentos.
O câncer de mama é o segundo
tipo mais comum entre as mulheres do mundo inteiro, perdendo apenas para o
câncer de pele não-melanoma (como o carcinoma basocelular). De todos os novos
casos a doença a cada ano, cerca de 25% são câncer de mama.
O Outubro Rosa tem como
objetivo conscientizar as mulheres sobre a importância da prevenção e do
diagnóstico precoce do câncer de mama, que tem altas chances de cura quando
descoberto cedo.
Mesmo assim, grande parte dos
diagnósticos acabam sendo tardios.
Embora seja focado no câncer
de mama, muitas instituições aproveitam o mês também para falar sobre outras
neoplasias que podem ocorrer no aparelho reprodutor feminino, como o câncer de
ovário ou do colo do útero, por exemplo.
O câncer de
mama
Sendo o 2º câncer que mais atinge as mulheres no Brasil e no mundo, de
acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é uma
neoplasia maligna que acomete o tecido mamário.
Ele aparece quando há uma mutação genética em alguma célula, que causa a
multiplicação desenfreada de células anormais. Tal multiplicação forma um tumor
que pode crescer muito rapidamente, mas também pode ter um curso lento.
Alguns fatores podem influenciar as chances de desenvolver o câncer,
como ter menstruado antes dos 12 anos de idade, não ter filhos, ter engravidado
pela primeira vez após os 30 anos, não ter amamentado, ter feito reposição
hormonal, entre outros.
Há, ainda, fatores ambientais, genéticos e de estilo de vida, como
a obesidade após
a menopausa,
a exposição frequentes à radiação, sedentarismo, consumo exagerado de bebidas
alcoólicas e casos na família.
Para que haja maiores chances de cura, o tumor deve ser identificado
precocemente. Exames como a mamografia,
que deve ser feita frequentemente a partir dos 50 anos, são imprescindíveis
para a descoberta de um câncer que pode ser tratado rapidamente.
Mamografia
Na maioria das vezes, o câncer pode ser detectado em suas fases
iniciais, antes mesmo de apresentar qualquer sintoma. Isso porque existem
exames como a mamografia,
que utiliza a radiação para conseguir criar imagens de dentro da mama, podendo
revelar a presença de tumores ainda muito pequenos.
A maior parte das mulheres acabam descobrindo o câncer sozinha, através
do autoexame, que consiste em apalpar as mamas e as regiões próximas à procura de
algum caroço.
No entanto, o autoexame só serve como diagnóstico quando o
câncer já está mais avançado: enquanto a mamografia consegue
detectar tumores menores que 1 centímetro (em estágio inicial), o caroço só
pode ser percebido no autoexame quanto atinge 2 centímetros — diminuindo as
chances de cura.
Por isso, o autoexame não dispensa a mamografia,
que é uma radiografia das mamas capaz de detectar alterações precoces.
O exame realizado como método preventivo deve ser feito a cada 2 anos
por todas as mulheres entre 50 e 69 anos de idade.
Se houver alguma suspeita ou alteração no tecido mamário identificada
pelo médico, a paciente deve realizar uma mamografia diagnóstica,
a fim de aprofundar a investigação do quadro, mas somente exames laboratoriais
(histopatologia) podem atestar o câncer..
Mas mulheres que se encaixam entre os grupos de risco, tendo maior
predisposição podem necessitar a realização do exame com mais frequência.
Autoexame das
mamas: passo a passo
Embora a mamografia seja
o método mais indicado para detectar o câncer, o autoexame também é importante,
especialmente para quem não tem acesso à mamografia no
momento.
O autoexame deve ser feito 1 vez ao mês, cerca de 3 a 5 dias após o primeiro
dia de menstruação, pois nessa época a mama está menos inchada e dolorida,
facilitando a detecção qualquer alteração.
Já nas mulheres que não menstruam mais, o exame deve ser feito em uma
data fixa todo mês.
O exame deve ser feito sem blusa e sem sutiã, para que não haja
interferência do tecido, preferencialmente em frente ao espelho ou deitada,
buscando a presença de caroços, alterações na pele ou no bico do seio,
secreções das mamas ou saliências.
Para fazer o exame, siga os passos abaixo:
Na frente do
espelho
Com os braços caídos e relaxados, observe os seios;
Levante os braços e observe-os novamente;
Coloque as mãos na cintura, fazendo pressão, e observe-os mais uma vez.
Essas 3 maneiras de observar os seios servem para perceber se há
alterações visualmente perceptíveis, como diferenças no tamanho, forma e cor
das mamas, além de inchaços, depressões na pele, saliências ou rugosidades.
Palpação
Levante o braço esquerdo, colocando a mão para trás da cabeça;
Com a mão direita, apalpe cuidadosamente a mama esquerda, fazendo
movimentos circulares, convergentes para o mamilo, para cima e para baixo;
Pressione o mamilo suavemente;
Repita o processo na mama direita;
A palpação deve ser feita com os dedos das mãos juntos e esticados, com
movimentos circulares e de cima para baixo em toda a mama, indo em direção às
axilas. Depois, é indicado pressionar o mamilo para conferir se não sai nenhuma
secreção.
Se você sentir alguma coisa diferente, confira se não há a mesma coisa
na outra: às vezes os seios possuem algumas texturas que confundem, mas se
estiver presente nas duas mamas, provavelmente não é nada com o que se
preocupar.
Sintomas além
do “caroço”
Sentir um nódulo nas mamas é o que muitas acreditam ser o único sinal do
câncer de mama. Embora a doença seja geralmente assintomática nos primeiros
estágios, enquanto o tumor é pequeno, a medida em que o câncer se desenvolve,
vão surgindo outros sintomas. São eles:
Alterações no formato ou no tamanho da mama;
Pele com aspecto anormal, semelhante à casca de laranja;
Vermelhidão, calor e dor, no caso de câncer de mama inflamatório;
Feridas e crostas na pele do mamilo (bico do seio);
Coceira frequente na aréola e no mamilo;
Inversão do mamilo/mamilo afundado;
Liberação de secreções ou sangue pelo mamilo;
Inchaços e nódulos nas axilas.
O Outubro Rosa, atualmente, é uma ação mundial e de grande impacto, que
leva informação, assistência e amparo às mulheres, de modo a prevenir, tratar e
acompanhar cada caso.
As ações se espalham por dezenas de lugares e você pode encontrar
atividades, caminhadas, cursos, além de dispor de exames ou assistência médica
voltada à abordagem do câncer de mama. Conheça as campanhas, se integre nas
iniciativas e decore sua saúde com este laço rosa.
Junte-se à causa e ajude mais mulheres a terem essa consciência!